Marguerite Duras (1914-1996) era escritora e diretora de filmes, além de ter assinado o roteiro do clássico da Nouvelle Vague, Hiroshima, Mon Amour, de Alain Resnais. Entre seus livros de destaque estáo O Amante (adaptado para o cinema com seu roteiro em 1992 por Jean-Jacques Annaud) e A Dor. Sua escrita está associada ao Nouveau Roman, o novo romance francês, que era inspirado no cinema e no existencialismo. Como diretora, fez 19 filmes, como India Song.
Duras merece o primeiro lugar por fazer colaborar com todos esses clássicos citados, estilos únicos na arte da escrita e do cinema, e além disso, ser uma teórica, pensante da sétima arte.
Frase: "Como eu tenho uma espécie de desgosto em relação ao cinema que tem sido feito, enfim, da maior parte do cinema que tem sido feito, eu queria retomar o cinema do zero, numa gramática bem primitiva… bem simples, bem primária: recomeçar tudo."
2. Alain Robbe-Grillet
Alain Robbe-Grillet (1922-2008) era escritor e foi também cineasta. Foi praticamente o fundador do Nouveau Roman, nova novela, citado acima, onde dentre Duras, figura também Nathalie Sarraute. Ele foi o autor do manifesto Por Uma Novela, onde na tentativa de revolucionar a forma de narrar, características naturalistas ou o texto Balzaquiano descritivos são descartados a favor do fluxo de consciência, interiorização do personagem. Também deixou sua marca na Nouvelle Vague, foi o roteirista de O Ano Passado em Marienbad, filme também de Renais. Escreveu 12 romances, entre eles A Espreita e O Ciúme, e dirigiu dez filmes.
Pela sua atitude de transgressão e renovação, seja em qual for a plataforma, e sua atitude de arte ante mesmo à compreensão, Grillet ganha a segunda posição.
Frase: "Eu escrevo para saber porque escrevo."
3. Jacques Prévert
Jacques Prévert (1900 - 1977), diferente de Duras e Grillet, era um poeta em primeiro lugar e depois um contador. Em 1925, participou do Surrealismo, apesar de não se fixar nele totalmente. Após o lançamento de Paroles, sua primeira coletânea de escritos, atingiu um certo público com seu humor e irreverência. O ele o grande ironizador dos costumes, aspecto saliente na maioria dos roteiros que escreveu, pertencentes ao Realismo Poético Frances. Escreveu o roteiro de 56 filmes, entre eles Jenny e Crime do Sr. Lounge. Suas principais parcerias foram Jean Renoir e Marcel Carné. Também colaborou como compositor, Serge Gainsbourg, músico francês, escreveu Les Feullies Morts em sua homenagem. Publicou em torno de 20 livros.
Pela contribuição com o realismo e não somente, esse poeta da vertente surrealista foi um grande conhecedor da sociedade de sua época, com um estilo único e revolucionário na poética escrita. Prévert fica no nosso terceiro lugar.
Frase: "Não deviam deixar os intelectuais brincar com fósforos."
NATHALIA RECH
Nunca cheguei a ir atrás dessa história nem recordo de nenhum roteiro específico mas, li na biografia do William Faulkner que ele escreveu muito para o cinema também!
ResponderExcluirSe descobrires alguma coisa, me avisa!
Adorei o blog!
Obrigada pelo elogio!
ResponderExcluirRealmente, Faulkner além de ter algumas de suas obras que serviram de inspiração para Hollywood, outras que foram adaptadas completamente. Ao se deduzir pela sua personalidade, não é de se espantar que trabalha-se posteriormente na elaboração de roteiros por dinheiro. Filmes de Howard Hawks são seu ponto alto.
Filmografia do moço:
ResponderExcluirhttp://www.imdb.com/name/nm0001203/
Abs.